10 janeiro 2014

Será o fim da p...taria no futebol brasileiro?

"Concedo a gratuidade ao autor nos termos da Lei 1060/50. Anote-se.Aceito a competência e explico o motivo. A meu aviso, se trata mesmo da configuração do instituto da conexão como aduzido na exordial, na medida em que, embora não sejam iguais, as causas guardam entre si verdadeiro vínculo e uma notória relação de afinidade; de sorte que, existente este liame que é notório como dito - se impõe o processamento desta demanda com fundamento no artigo 103 do Código de Processo Civil. E, efetivamente, não se poderia negar a incidência da mencionada norma legal, até mesmo para prestigiar o princípio constitucional da igualdade ou isonomia, na medida em que as situações vivenciadas pelos clubes punidos são, pelo menos numa análise inicial, como dito alhures, afins. Desta forma, determino o processamento conjunto das demandas, mesmo porque incide no caso em testilha o Estatuto do Torcedor, legislação especialíssima que regulamenta as relações de consumo na esfera esportiva. Verifico, outrossim, que a pertinência subjetiva ativa é regular, na medida em que foram esgotados, como é cediço, os recursos nas instâncias da justiça desportiva; cuidando-se, o autor, de sócio torcedor do Associação Portuguesa de Desportos artigos 2o. e 34, ambos do Estatuto do Torcedor. Faço uma breve anotação neste ponto.Destarte, o interesse de agir do torcedor decorre justamente da norma mencionada, que especifica como direito do torcedor que os órgãos da justiça desportiva observem os princípios lá elencados, dentre eles o da publicidade (que se discute neste caso como se verá) na forma do artigo 35 do estatuto em comento. Assim sendo, caso se concretize a não observância de qualquer destes princípios, o torcedor poderá exercer esse direito, provocando o Poder Judiciário.Ademais, seria negar vigência ao mencionado artigo permitir que só o clube de futebol, no caso específico, tivesse direito de ingressar com a ação. A passiva, por sua vez, decorre da responsabilidade da ré pelas decisões proferidas pela Justiça Desportiva, que integra a sua estrutura de organização (art. 1o. do RISTJD). Colocada a questão nestes termos, passo a decidir o requerimento de concessão da antecipação de tutela. A medida, a meu aviso, deve ser concedida com os mesmo fundamentos expendidos na decisão proferida no processo de número 1001075-63.2014. Pelo que se vê da arguição inicial, a decisão proferida pela justiça desportiva que aqui se discute - desrespeitou o disposto no artigo 35, "caput" e parágrafo 2o, do Estatuto do Torcedor, na medida em que não verificou com correção a data em que foi publicada a suspensão do atleta Héverton. Efetivamente, a data da publicidade da referida decisão se deu em momento posterior ao jogo contra o Grêmio – 09/12/2013, conforme demonstrado na exordial, de forma que o referido atleta estava em condições regulares para participar da partida contra o time gaúcho – 06/12/2013. Em sendo assim, a punição imposta referente à perda de pontos e cobrança de multa é irregular e merece, portanto, ser suspensa até decisão final do processo. De se anotar, ainda, que a regra do artigo 35 do referido estatuto não pode ser alterada, modificada ou revogada pelas normas administrativas da entidade ré e nem mesmo pelas decisões da justiça desportiva. Explico: a incidência do princípio da hierarquia das leis impõe tal conclusão, já que o Estatuto do Torcedor é lei federal e se sobrepõe às regras administrativas supramencionadas. Além disso, a discutida regra do artigo 35 não está inserida na referida lei por acaso. Com efeito, a publicidade dos atos é marco inicial de ciência dos interessados para que cumpram a decisão proferida e do prazo para a interposição de recursos. Desta forma, diante do desrespeito ao Estatuto do Torcedor, de rigor reconhecer a verossimilhança. O dano irreparável, por sua vez, decorre do decretado rebaixamento da Portuguesa, que reduz drasticamente a sua cota de televisão e impede a formalização de bons contratos de patrocínios. Adiciono, por fim, que o torcedor brasileiro, na realidade, salvo quando comprovada a má-fé, fraude ou prática de crime, quer ver acolhido e respeitado o resultado obtido em campo, ou seja, não havendo a configuração de prejuízo decorrente de conduta dolosa, efetivamente, vale o mérito desportivo, vale o que está estampado no placar, vale a bola na rede. Foi o necessário, a meu ver. Posto isso, presentes os requisitos legais, concedo a antecipação de tutela e o faço para suspender os efeitos da decisão proferida pelo STJD em relação à Associação Portuguesa de Desportos, com o restabelecimento dos 4 (quatro) pontos que lhe foram retirados quando do debatido julgamento realizado em 27 de dezembro do ano passado. Oficie-se com urgência. Cite-se.Intime-se. NOTA DE CARTÓRIO: Ofício expedido e disponivel para impressão."

69 comentários:

  1. Ontem a Justiça tinha indeferido mais de meia dúzia de petições de torcedores da Portuguesa [arquivamento sem julgamento de mérito] sob a justificativa de que não eram litigantes legítimos [ou seja, queriam que só a Portuguesa fosse, sabendo que o clube não pode acionar a Justiça Comum sem ser punido pela Máfia oopsss, pela CBF].

    Quem bom que apareceu um corajoso para contrariar isso.

    Agora, é esperar para ver quanta grana vai rolar nos bastidores e se ao final ao menos um togado julgará apenas pela honra e pelo Direito, sem outro$ intere$$e$.

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  2. Por outro lado, Guto, e respondendo à tua pergunta, acho que pode ser o reinício da putaria.
    Um imbroglio jurídico pode ser a oportunidade perfeita para propiciar uma virada de mesa e assim salvar o Vasco.
    Não duvidar, de quebra eles aproveitam e acabam também com os pontos corridos.

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  3. Enfim fizeram justiça. Apesar da bocabertice da Portuguesa, esse erro precisava ser reparado. Flamengo (que também parece ter recuperado os 4 pontos) e Fluminense que se entendam. Particularmente torço para que o Flu seja o rebaixado. Esse clube já foi protegido demais pela CBF.

    Tenho curiosidade em saber o que o advogado da Lusa, que participou da sessão que condenou o atleta Heverton na sexta-feira antes da partida, tem a dizer. Alguém leu as justificativas dele? Por que não informou o clube? Por que não comunicou sobre a suspensão? Parece que no futebol rola muito mais dinheiro sujo do que se imagina.

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    1. Cabe lembrar que a Lusa já estava resignada com o rebaixamento. Mas aí Juca Kfouri publicou em seu blog o parecer de um renomado jurista alegando que a decisão contrariava o Estatuto do Torcedor, Lei Federal e, portanto, hierarquicamente superior aos códigos administrativos da CBF.

      Sendo assim, o advogado da Portuguesa não pode alegar tal motivo para não ter informado o clube. Ou foi incompetência ou $afadeza mesmo!

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  4. Eu disse isso logo no começo de toda a confusão, existe uma regra no ED que trata especificamente sobre o comunicado de atletas punidos.
    Eu não sei se é possível, o Lemos pode nos ajudar, mas eu sou a favor de entrarmos na justiça comum também...

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    1. Não entendi!

      Entrar na justiça comum a favor do quê?

      O estatuto do torcedor é claro, somente torcedor identificado com o clube, ou seja, sócio.

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    2. Olha, eu não li na íntegra o estatuto do torcedor, mas se não me engano qualquer torcedor que se sinta lesado pode entrar com ação comum.

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  5. Walter no grêmio?

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    1. Não é fonte.

      Chegou a ler a entrevista dele no globoesporte.

      jornalista: onde vc está?
      Walter: não posso dizer.
      jornalista: é no Rio?
      Walter: não em Porto Alegre.

      Estanho né! pode ser tb no inter que perdeu o scocco.

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    2. São José, Nova Hamburgo... não nos toque o pânico pelo amor de Deus!!!

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    3. Mas ele não tinha assinado com o Botafogo ou algum outro carioca?

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  6. Off-topic.

    Vocês leram a entrevista do Koff publicada hoje no Zero Hora? Ele disse que muitos cobram dele uma churrascaria na Arena, porém essa churrascaria não será do Grêmio, o clube não terá participação na churrascaria e em nada da área externa, bem como nas áreas comerciais.
    Jesus Amado, que tipo de contrato foi esse que somente uma parte ganha???

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    1. Acredito eu que o lucro da parte comercial da Arena também será dividido.

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    2. O tipo de contrato em negócio que o Bufão põe as patas.
      Glaucio, o Grêmio não ganha NADA em NENHUM dos empreendimentos comerciais na Arena [hotel, shopping, prédios comerciais e residenciais etc].
      Essa foi um das coisas que eu mais reclamei desde o início.

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    3. Com o aditivo passará a ganhar, Martini. Ao menos foi o que disseram...

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    4. É, lembrei agora.
      Disseram que com o Aditivo o Grêmio ganharia uma participação nas vendas dos empreendimentos imobiliários [prédios comerciais e residenciais].
      Sobre o resto não li nada.

      Quanto a churrascaria ou seja lá mais o que for, não interessa se o Grêmio ganha diretamente ou não.
      Se tem uma churrascaria lá, se o torcedor vai lá e leva por exemplo amigos de fora que estejam na cidade, pode motivar a fazer o Tour, e o Tour é renda da Arena que é dividida com o Grêmio.
      O cara pode querer comprar lembrancinha na GremioMania.
      E por aí vai.

      Ora, porra, o ilusionista não vivia dizendo que a Arena era um novo conceito, que era para ter presença de público e renda não apenas em dias de jogos e blábláblá?

      Então, QUERO churrascaria!
      Quero loja!
      Quero até filial da Tia Carmen se for possível!!! [Já falei para usarem os camarotes quando não tem jogo...].

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    5. O problema do Odone e do Antoninni é que trataram uma possibilidade como algo facilmente implementável.

      Pelo que conheço a Arena ela tem capacidade para ser tudo (ou quase tudo) do que o Odone disse. A diferença é que não é fácil ou simples. Exige trabalho e, gostemos ou não, tempo... Isto de que em um ano estaria tudo a pleno vapor foi promessa de politico em campanha (ou no mandato mesmo...).

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    6. O problema do Odone e do Antonini é serem desonestos e não deixarem claro que o que é possibilidade não é automatica e facilmente implementável.

      Mas eles precisavam dourar a pílula para enganar os incautos.

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    7. O contrato especificava tudo o que estava acima e abaixo da esplanada. Se a churrascaria fica as dependências do estádio está inclusa na parceria. O que acontece é que os caras estão chorando porque queriam que tudo ficasse com o Grêmio. Mas na época ninguém falou nada

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    8. Jonas, não sei a que "ninguém" te referes.
      Se for gente do Conselho, pode ser.
      Se for torcedor comum, eu cansei de falar e criticar o modelo, e vi muita gente fazendo o mesmo.
      E, claro, tinha os de opinião diversa.
      Mas que foi falado, foi.

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    9. Ninguém no geral, mas principalmente os "de dentro". Eu não lembro de ninguém criticar o modelo, tudo que ouvia é que preferiam o Olímpico porque era "nosso", ou coisas assim. Qual modelo tu preferia que fosse adotado?

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  7. Koff deixou bem claro: o que estiver no entorno NÃO é do Grêmio.

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    1. Acho que ele não foi claro suficiente. Área externa é o que for fora do estádio, ou seja, da esplanada pra fora (que será onde está planejado o centro comercial). Até onde eu sei (e está claro no contrato que circulou), as áreas comerciais dentro do complexo entram para a Arena Poa (Grêmio e OAS).

      Sobre não ser do Grêmio, acho que o que ele quis dizer (ao menos é isto que lembro do contrato) é que a gestão é da OAS, mas a receita vai pra Arena Poa.

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    2. Ou seja, o Grêmio não manda em bosta nenhuma...serão longos 20 anos.

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    3. Olha, vou ser polêmico, mas acho que a OAS (ou qualquer grande construtora) tem melhores condições de explorar os espaços comerciais (lojas, restaurantes e afins) do que o Grêmio (ou qualquer clube de futebol). Aliás, pelo que sei, a OAS (Arenas) vem fazendo um ótimo trabalho na Fonte Nova na Bahia, tendo inclusive 2 grandes eventos marcados para janeiro e fevereiro.

      É claro que é ruim o Grêmio ficar fora de toda e qualquer decisão, o ideal seria o meio termo, mas também a OAS gerir os espaços comerciais não é o fim do mundo, na minha opinião (desde que o Grêmio tenha participação nos resultados). E outra coisa, a OAS tem (ou deveria ter) interesse direto no bom andamento do negócio, afinal é lucro para ela também.

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    4. Rafael Fraga, não serão 20 anos.

      O Grêmio quebra bem antes disso.

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    5. E só pra deixar claro. Não acho que a OAS deva ter poderes absolutos, a ponto de botar lojas e negócios em confronto com a imagem do Grêmio (uma loja do SCI, por exemplo). Só acho que ela administrar, levando em consideração alguns aspectos previamente acertados, é salutar.

      Acho que esta discussão sobre o Grêmio mandar ou não mandar em nada deve ser separado entre o que é diretamente ligado ao futebol e o que é ligado a parte comercial.

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    6. Guilherme, não vejo por que uma CONSTRUTORA tem melhores condições de administrar um RESTAURANTE do que um clube de futebol.
      Ramo por ramo, está fora da alçada DE AMBOS.

      Sei, entendo teu pensamento Capitalista em que tudo deva ser da Iniciativa Privada e mais aquela lorota de que tudo que é privado é melhor [lorota, porque se fosse assim nenhuma empresa privada quebraria - lembrem, os empresários são sempre mais competentes do que todo mundo - e tampouco não haveriam MILHÕES de reclamações contra empresas privadas nos Órgãos de Defesa do Consumidor].

      Tanto Grêmio quanto Inter e mais um monte de time de futebol tiveram ou tem Churrascarias e nunca li que não fossem bem administradas só porque eram do clube.
      Aliás, tem pelaí pelo mundo uma caralhada de restaurante em Clubes e Associações [Casa de Portugal, Casa da Espanha etc] e sempre funcionaram bem.

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    7. Olha Guilherme eu vou seguir discordando SEMPRE! Aquela merda de Arena só existe por causa do Grêmio; a baianada só terá lucro nas porcarias dos prédios graças ao Grêmio seder DE GRAÇA a sua marca. Portanto, o Grêmio deveria ser tratado como cliente VIP por estes safados da Bahia. Mas ao contrário, isso já virou motivo de piada, tanto que o corno do Pastel Braga já deu entrevista alfinetando o fato de o Grêmio ter de pedir licença para treinar na Arena dos baianos.

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    8. Bom dia, Martini...
      O Koff-kof concordou contigo na entrevista, quando já deixou claro que daqui uns cinco anos, quem estiver dirigindo o Grêmio, certamente terá de pedir água... ou abaixar as calças ainda mais...

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    9. Martini,
      Não falo somente com relação à churrascaria, mas à área comercial como um todo. Acho que uma construtora, acostumada a construir e a negociar seus imóveis, tem mais know how para isto do que o Grêmio ou qualquer outro clube de futebol brasileiro atualmente.

      O Grêmio poderia fazer dar certo e até melhor que a OAS? Talvez sim, mas daí precisaria de uma profunda reforma administrativa, um setor específico para isto... Só para ter uma idéia, atualmente na Arena trabalham 100 profissionais (informação que me passaran esta semana) diariamente para manutenção do estádio. No Olímpico, até onde eu sei, eram mais de 200, para fazer o mesmo (ou até menos, já que a área é menor).

      Rafael,
      Uma coisa é o lucro da coisa. Nisto concordo contigo e acho que o Grêmio deve (e pelo que sabemos tem - 65%) ser a "figura principal". Mas com relação a administração discordo. Nem sempre o sócio "majoritário" deve administrar (apesar de ter direito, em tese, à decisões fundamentais). Atualmente, pelos motivos que citei para o Martini, acho que a OAS tem mais profissionais qualificados para administrar um negócio do porte da Arena (me refiro a parte comercial) do que o Grêmio.

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    10. É que foi isso que SEMPRE reclamei nas discussões "com números" contigo, Guilherme. É que não dá para pegar os números que a gente quer, na hora que a gente quer. Assim fica fácil...
      Em uma discussão, é preciso colocar TODOS os números. Levar em consideração TODAS as partes. Do contrário, a gente pega, SEMPRE, os números QUE INTERESSAM À TESE. E assim fica fácil provar as coisas.
      Se a Arena funciona com MENOS gente, explica como é que gastou MAIS que o Olímpico...

      -x-x-x-x-

      Virou uma PUTARIA! E foi dito que isso ia acontecer. Diminui-se os recursos humanos pela metade, para gastar A MESMA COISA.
      Como eu sei que o miserável que corta a grama da Arena não deve ganhar muito mais que o miserável que cortava a grama do Olímpico, nem que os miseráveis que varrem os corredores da Arena devem ganhar muito mais que os miseráveis que varriam os corredores do Olímpico, só posso imaginar que, de "gerente de alguma xonga" para cima, os salários devem estar bons...
      Estou até pensando em largar o banco e mandar currículo para ser "gerente de alguma xonga" na Arena.

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    11. E o negócio de "nem sempre o sócio majoritário dever administrar" também é curioso. Parece que, além dos números, vamos dançar entre pensamentos capitalistas e socialistas ao sabor do vento (ou da tese), a partir de agora.
      Pode até não "dever" administrar por não ter competência para isso, Guilherme. Mas tem O DIREITO E O DEVER de indicar quem vai administrar.
      Eu não sei varrer uma casa direito, Guilherme. Mas experimenta vir aqui na minha dizer quem é que tem que varrer o chão...

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    12. Como gastou mais que o Olímpico? Com base em 2013? Ou Arena 2013 e Olímpico 2012? Desconheço estes números, ao menos da Arena este ano.

      Sinceramente acho que é cedo para pegar qualquer resultado da Arena para comparação definitiva com o Olímpico, por todas as peculiaridades deste primeiro ano.

      Mas só citei a questão dos funcionários, pois foi algo muito comentado e que eu tive curiosidade de perguntar no tour que fiz.

      A discussão aqui é outra. É sobre a capacidade de administrar a área comercial da Arena. Acho estranho que cansam de descer o pau no marketing (entre outros setores) do Grêmio aqui, mas defendem que este mesmo Grêmio (fala do setor administrativo atualmente, não do clube como "marca") tenha capacidade de gerenciar um complexo com dezenas de lojas e espaços comerciais.

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    13. Por isto que disse que "nem sempre". Cada caso é um caso e existem às exceções. E o mercado está cheio delas.

      E em momento algum disse que o Grêmio não deve ter poder de influenciar em nada. Ou deve ser mera figura decorativa. Só acho que ambos (Grêmio e OAS) podem se parceiros e unir forças, cabendo às quem tiver melhor condição de administrar fazer, afinal o interesse é (ou deveria ser) mútuo.

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    14. Olha, Guilherme, sou Engenheiro e, particularmente nos últimos 7 anos trabalhei intensamente no desenvolvimento de um Sistema de Controle de Obras Públicas para o Estado de SC.
      Fiz curso com pessoal de Auditoria da Fazenda, TCE, TCU, CGU...

      Quer saber do que o pessoal de qualquer Construtora entende mesmo, em que são cobrões?

      Em superfaturar orçamentos, fazer rolos para ganhar Aditivos, fraudar licitações e fazer o mínimo do mínimo a qualquer descuido da fiscalização.
      Viste as [vergonhosas] fotos do telhado da escola em Porto Alegre esta semana?


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    15. E tem mais, Guilherme,
      O Olímpico funcionava [aliás, continua funcionando] 36 horas por dia, portanto duvido que fizessem o mesmo ou até menos.

      Já na Arena, entregue às moscas a maior parte do tempo, considerando o que NÃO PRECISA FAZER deve estar adequado ter a metade de pessoas.

      Mas entendo teu deslumbre, neoliberal adora economizar em MDO e cortar emprego... DOS OUTROS!

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    16. Martini,
      Sou a favor de cortar mão-de-obra desnecessária, apenas isto. Seja minha, a tua ou a de qualquer um aqui. Ou tu concordaria em manter empregados em uma empresa privada tua apenas pela questão "humanitária"? Mas não é esta a discussão aqui.

      Sobre os problemas e históricos de quase todas as construtoras, ao menos as maiores, concordo contigo. Mas não dá pra misturar as coisas. Se fizerem algo de errado tem que se punir.

      Mas aqui não tem mais nada de superfaturar e etc. Aliás, a parceira do Grêmio é a OAS, mas salvo engano, é a OAS Arenas. É a mesma coisa? Até pode ser. Mas o objetivo da OAS Arena é LUCRAR com a parceria e para isto depende do sucesso do negócio. Se o objetivo dela fosse apenas os empreendimentos imobiliários vizinhos, seria mais fácil para ele repassarem o "problema" Arena pro Grêmio e se livrar de eventuais prejuízos (que terão que pagar!) e responsabilidades.

      Repito, não estou dizendo que a OAS é santa, que devemos abrir as pernas, e etc. Não! Só acho que existe uma parceria entre Grêmio e OAS, e os melhores devem administrar. Quem são? Não sei, dei apenas a minha opinião.

      Criticamos a briga política interna do Grêmio, Koffistas criticando Odonistas e vice-versa, só por serem de grupos políticos distintos. Mas com a OAS estamos fazendo o mesmo. Criticamos sem ao menos saber ao certo que vai gerir o negócio, o que estão fazendo de bom (ou de ruim) na Fonte Nova e etc. Por mim se os melhores administradores forem do Grêmio, ou este tiver mais condições de gerir, beleza.

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    17. Olhas, eu só vou dizer uma coisa. Eu estou MUITO curioso pra ver como o Homero Bellini vai tocar essa relação com a Arena. Desconfio que será muito diferente do que foi até agora...

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    18. Não entendi. Se faturou VINTE E NOVE MILHÕES DE BILHETERIA, fora eventos extras, e tem QUINHENTOS MIL para distribuir, onde é que foi o dinheiro?
      Porque no MEU BOLSO, não entrou....

      -x-x-x-x-

      Eu também sou a favor de cortar qualquer recurso humano desnecessário, Guilherme. Nisso estamos completamente de acordo.
      Só discordamos porque eu também defendo corte de SALÁRIOS EXAGERADOS! E tu defendes que, se é "profissional", tem que ser "bem remunerado".
      Pois é. O cara que corta a grama TAMBÉM é "profissional". Problema é essa mania de defender que "profissional" é só neguinho engravatado, que fica fazendo negociata nos escritórios.
      No Grêmio, deveriam pagar SEISCENTOS REAIS para o Ruinzinho Costa fazer as m...rdas que faz e CEM MIL para o sujeito que corta a grama. A relação custo x benefício ficaria bem mais dentro da realidade...

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    19. E o custo do financiamento? Ou queriam estádio novo de graça?

      E outra coisa. Qual era o custo do Olímpico? Ou toda receita da bilheteria era líquida?

      Aliás, se o Olímpico seguisse sendo estádio do Grêmio por mais 10 ou 20 anos, quanto teria que ser investido ali?

      Aliás, até onde eu sei esta informação do lucro de R$ 500 mil ainda não é oficial...

      -x-x-x-x

      Eu não sou a favor de salários exageros. Que se pague o que se ache justo. Aliás, sou a favor de um teto salarial, além de remuneração por produtividade. Não venha dizer que defendo salário acima da média do mercado...

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  8. Guilherme, em dezembro passado fez um ano desta suposta parceria. O Grêmio continua pedindo para treinar na Arena; não se pode fazer promoção de ingresso sem o aval daquela cambada de baiano; entre outras cachorradas.
    Eu vou morrer repetindo Guilherme, a marca Grêmio não foi valorizada. Tenho contatos em Passo Fundo e ninguém conhecia a OAS antes da Arena. Tenho contatos em Porto Alegre e ninguém conhecia a OAS. Meu pai já viajou o Brasil trabalhando em obras e só ouviu falar em OAS depois do negócio com o Grêmio. Tu acha justo que nós, clube centenário, com conquistas mundiais, abrimos as pernas pra esse bando de safado folgado?!

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    1. É sempre oportuno lembrar, Rafael, que a referida construtora muito competente na visão do Guilherme, só foi viabilizada como empresa graças às "facilitações" do sogrinho.

      Assim, até eu que sou mais bobo fico milionário da noite para o dia e poso de competentíssimo.

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    2. Eu não disse que a OAS é muito competente, aliás ainda acho que até hoje devem explicações públicas (e quem sabe ressarcimento ao clube) pela queda da grade de proteção. Disse isto aqui.

      Mas Rafael, a parceria não existe há 1 ano, existe a mais, já que devemos considerar o tempo da construção. Mas é claro que os 20 anos do contrato só começam a contar a partir da mudança Olímpico - Arena (como atrasou 1 ano não sei se será revista).

      Só que eventuais erros negociais lá no início do projeto, não fazem a OAS culpada ou eterna inimiga, na minha opinião. Se direção, conselheiros e etc., erraram, aprovaram coisas danosas ao clube, que sejam cobrados e paguem.

      Só acho que este clima de guerra, atualmente, não serve nem pra o Grêmio, nem para a OAS. A não ser que me provem que a OAS pretende ter prejuízo e não faz questão do empreendimento funcionar...

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    3. Ah, então aquela história do "Obrigado Amado Sogro" é verídica?!
      O Grêmio definitivamente não sabe fazer parceria, vide ISL, e está se repetindo com esta merda de OAS.

      PS: vou iniciar uma campanha via redes sociais contra a "Amado Sogro"...

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    4. Guilherme...
      Se a Arena ficar fechada, a OAS vai retirar tudo que investiu na vendas dos imóveis tanto perto do estádio do Grêmio, quanto nos apartamento que serão construídos na área onde está hoje o Olímpico.
      Esse negócio foi uma trambicagem tão grande, mas tão grande...
      Se eu pudesse publicar 1% daquilo que um ex-executivo da OAS me disse, bêbado, em um evento em 2012 aqui em Brasília...
      Foi coisa de criminoso, de bandido, de vagabundo...
      E teve muita gente que levou vantagem, que ganhou imóvel, que recebeu sala para ficar quieto... Mas o que esperar de um time cujos "donos" do butim não tiveram coragem de expulsar a turma que fez e aprontou na parceria com a ISL?
      Perto do que aconteceu agora, os bandidos da ISL foram mocinhas ingênuas...
      Infelizmente o Grêmio errou duas vezes: uma ao fazer o contrato e a segunda deixar que o Olímpico fosse dilapidado e preparado para a implosão. Com isso, o Grêmio perdeu o poder de barganha. Tivesse o Olímpico ainda inteiro e poderia mandar a turma da OAS enfiar a Arena no cu - e te garanto que ia ter muito baiano disposto a abrir o rabo para enfiar a Arena dentro...

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    5. Eu nem vou dizer que não tinha como fazer um negócio melhor. O galho é que ninguém criticou ou deu sugestões na época que estava sendo formulado. TODAS as vozes que criticaram, defendiam a permanência no Olímpico, nenhuma falou em alguma maneira de aperfeiçoar o negócio. Agora essa papagaiada toda só faz confundir duas coisas. A queixa é o que se DEIXOU de ganhar ou que se está perdendo? Porque parece que a catrefa que circula o Koff só vai na imprensa pra reclamar da primeira coisa...

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    6. O que é outra coisa que precisa alguém vir a público para esclarecer e, se for o caso, precisa ser discutida.
      Se os vinte anos de tormento ainda não estão valendo, o Grêmio deve XONGAS a essa baianada do olho do c...!
      Se o Grêmio pagar UM REAL por 2013, essa MERDA DE CONTRATO está valendo!

      -x-x-x-x-

      Cara, eu juro que EU NUNCA VI! O que há de gente para defender os interesses da OAS CONTRA O GRÊMIO é uma grandeza!

      SALVADOR (Dali), SOCORRO!

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    7. O problema é que NINGUÉM está defendendo a OAS. Se levantou algumas questões, algumas questões de opinião divergentes. Mas claro, quem discorda de vocês vira "defensor" da OAS, quando em momento algum foi dito que a OAS é santa, não erra, ou deve estar acima do bem e do mal.

      Aliás, defender que o melhor administre (e aqui está a discussão) é justamente o oposto de querer o mal do clube...

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    8. O que o Alfredo falou é exatamente o que eu acredito e sempre pensei.

      Uma das maiores falcatruas da história do RS. Coisa para envolver MP pesado.

      Tivesse eu um concurso público já teria investigado essa porcaria para encatracar políticos envolvidos.

      Odone distribui tanto cargo, a chapa que ele fez do conselho foi tão grande, só de laranjas, que só assim ele aprovou tudo que a oas quis, aditivos e etc.

      Dá vontade de largar o clube de coração da gente e deixar de acompanhar o futebol.

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    9. Mas quem quem está "defendendo a OAS contra o Grêmio"?

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  9. O Martini, por uma questão ideologia, tá atirando pra tudo quanto é lado sendo que a afirmação do Guilherme é tão simples e lógica. O Grêmio, como clube de futebol, ganha mais em administrar o que lhe compete, futebol. Deve se preocupar em somente fazer valer sua participação na Arena Porto Alegrense e receber a sua parte do lucro, conforme o contrato.

    A Arena POA (não a OAS), vai pagar profissionais para gerenciar o complexo e o entorno. Portanto não cabe aqui distinguir quem tem mais ou menos competência para tal, uma vez que a empresa gestora (da qual o Grêmio faz parte) vai contratar profisionais de Marketing para isso.

    E, Martini, por favor, agora o setor público é sinônimo de eficiência e lisura? O problema do Brasil passa muito menos pelo setor privado do que pelo público. Que o digam as mais de quatro mil vagas pra concurso público federal em 2014. Queria saber no que este tipo de emprego - com generosos salários benefícios - contribuem pro crescimento econômico, enriquecimento de capital humano e tecnológico do Brasil.



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    1. Vinicius...
      A maior expertise da OAS é a trambicagem - sendo que ela surgiu para fazer aquilo que a iniciativa privada mais faz no Brasil: se apoderar de recursos públicos, dar calote e enriquecer os seus "honestos" donos.
      Ao contrário do que você acredita em sua torpe miopia de quem defende a iniciativa privada como a quintessência da competência, da lisura e da honestidade, cabe lembrar que o empresário NÃO SÓ brasileiro é especialista em sonegação, em corrupção e em falcatruas.
      Muito se fala da carga tributária em nosso país, mas quem realmente paga impostos por estas bandas são os trabalhadores, os assalariados - porque em nosso País ainda não existe tributação sobre grandes fortunas. Aqui, a gente paga IPVA sobre Uno Mille, mas o dono da lancha, do iate, do jatinho, do helicóptero... esses não pagam...
      Tanto aqui, quanto nos demais países que eu conheço, a corrupção e a ineficiência de serviço público ou privado é do mesmo nível. Mas é o setor privado quem corrompe, porque busca benefícios - basta ver o caso dos trens tucanos ou a máfia do ISS.
      Tenho restrições ao serviço público, mas deixar tudo nas mãos do "deus mercado" é hiresia - que o diga a quebradeira de 2007/2009 aí nos EUA, a percepção do Obama da importância de ter um atendimento básico de saúde pública...
      Sobre a OAS, ela é uma das empresas mais safadas, ordinárias e picaretas - não por acaso foi a escolhida pelo Odone e a turma do Grêmio para fazer o negócio...
      Dentro dessa ótica, é uma irresponsabilidade o que a turma do Odone, com a conivência até do Koff-kof, fez/fizeram com algo chamado de Grêmio.

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    2. Chegou o outro neoliberal...

      Vinnie, não discuto em cima de ideologia e sim pela minha experiência de vida, por aquilo que vivi e vi no Brasil e fora e por aquilo que estudei.
      Só que, diferente de vocês [tu e Guilherme] não fecho os olhos para a realidade quando eventualmente ela não me agrada.

      Te parafraseando, a OAS, como Construtora, ganha mais em administrar o que lhe compete, Construção. Aliás, quem não consegue fazer uma simples proteção de mureta tem mais é que se empenhar bastante no seu ramo de negócio.

      Não, Vinnie, NO BRASIL o Setor Público não é sinônimo de eficiência e lisura, TAMPOUCO o Setor Privado, onde o que dá mesmo o tom é a picaretagem, o trambique, a incompetência, a desonestidade [vide o "excelente" serviço prestado pelas empresas de telecomunicações, por exemplo].

      E sempre lembrando, a cada caso de corrupção no Brasil, tem SEMPRE alguém do Setor Privado num polo.
      Como já falei outras vezes, desconheço caso de funcionário público que arrombou o cofrinho da repartição na calada da noite e levou o dinheirinho do contribuinte para casa.
      O que SEMPRE ocorre é um corrupto e corruptor do Setor Privado que encontra sua contraparte no Setor Público. Sendo que este corrupto do Setor Público o mais das vezes é alguém do Setor Privado que entrou na política para levar vantagem.

      Mas eu sei que uma pessoa como tu nunca vai admitir isso.
      Neoliberais adoram Estado Mínimo para que as falcatruas do Setor Privado rolem mais soltas sem ninguém para fiscalizar.
      É bem por essa razão que a corrupção tornou-se um monstro difícil de vencer.

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    3. Ah, certo, certo. Quer dizer que, CEM MIL POR MÊS, só no setor privado? Mas quando estoura a m...rda, aí querem intervenção do Estado "no mercado"?
      Pô, Vinícius!

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    4. Guto, de banqueiro, não sei, e não vou fazer papel de trouxa defendendo essa corja. Como não tô defendendo empreiteira. Só digo que eles vão contratar gente competente porque tem dinheiro. O Grêmio, não. No momento, é o melhor pro clube.

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    5. Vinícius, deixa eu te dizer uma coisa desse negócio de "gestão privada responsável" e a mística de que o setor privado funciona porque só contrata "gente competente".
      Há um banco estatal, por aí, que QUEBROU alguns anos atrás. Literalmente, FALIU! Governo botou dinheiro, exigiu que passasse a ser gerido de forma quase "privada", enxugou o quadro de pessoal, deu dinheiro para o povo pedir demissão, achatou os salários, abriu o capital, passou a dar salário indireto, para economizar nos impostos e começou a colocar na Presidência só "gente competente".
      Agora, um segredo: NÃO QUEBRA PORQUE É BANCO!

      -x-x-x-x-

      Por que corja, Vinícius? Estão no mercado tentando ganhar o pão, tanto quanto qualquer outro empresário...
      Essa técnica (e não estou dizendo que é uma técnica TUA, Vinícius, nem que estás fazendo uso dela, de forma consciente, mas que É uma técnica que se criou) de demonizar parte do setor privado, comigo não cola.
      No Brasil, em determinado momento, resolveu-se entregar a cabeça dos banqueiros em uma salva de prata, de forma a personificar neles todo o horror, desfaçatez, indecência e insensibilidade do setor privado. Assim, os banqueiros são sempre safados nojentos que levantam, todos os dias, com o único fim de roubar o dinheirinho do povo.
      Já os executivos da OAS devem acordar todos os dias e fazer a barba pensando em como vão distribuir casa própria "de grátis" para o mesmo povo.
      Dono de posto de gasolina que exige aumento do combustível quando o dólar aumenta e mantém o preço COM AUMENTO quando o dólar desce também é uma rica pessoa...
      Não dá para fazer a discussão dessa forma, demonizando uns e santificando outros. E olha que eu trabalho para banqueiro, hein? É o último dos tipos de gente que eu gostaria de defender!

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    6. Achei que tu tivesse falando de outra situação (da crise do crédito imobiliário aqui), por isso o termo... Tb não cabe generalizar, é injustiça.

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  10. Martini não defendo estado mínimo porque acoberta falcatrua de ninguém, defendo porque é o único sistema que beneficia o indivíduo diferenciado ( e honesto) a enriquecer por sua capacidade, mesmo que uma meia dúzia ( eu sei, em se tratando de Brasil é muito mais de meia dúzia) tirem proveito disso. Esses não respondem pelo sistema. Seriam ratazanas em QUAlQUER sistema.

    A iniciativa privada é sim mais eficiente, ela só preza o lucro. Não existe dilema moral da parte dela. Diferente de outros que se escondem por trás de interesses que ninguém conhece ao certo.

    A OAS é podre? Pode ser. Mas todo mundo sabe que eles querem dinheiro, e que vão contratar os melhores marketeiros. O Grêmio que trate de ficar esperto e garantir o seu.

    Alfredo, o ser humano é movido a incentivo. Onde impera a impunidade, só se pode fomentar sonegação, corrupção e falcatruas, parafraseando você. Quando o estado é presente COMO tem de ser, a iniciativa privada é obrigada a ser eficiente e lucrativa, do contrário morre. No Brasil, um rouba e o outro acoberta, quando um deveria produzir e o outro fiscalizar. E a culpa É SIM daquele que como líder não cria os incentivos certos, o estado.

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    1. Olha, Vinnie, vou encerrar por aqui porque tu não vais me convencer nem eu a ti.
      Mas, com todo respeito, acho que tu precisas de verdade te afastar de "ideologias", estudar mais ainda do que já estudaste [talvez até fora da tua área de trabalho] e tentar ver as coisas como elas são e não como gostarias que fossem.

      Não, o Estado Mínimo não é o único Sistema que beneficia o indivíduo diferenciado.
      Muitos países EUROPEUS que não estão quebrados e que são eficientes tem uma relação funcionário público/total da população bem maior do que o Brasil.

      Aliás, os países quebrados estão colhendo os frutos PODRES do tsunami neoliberal que arromba com qualquer Economia por onde passa.

      Quanto a Iniciativa Privada ser mais eficiente porque só preza o lucro, bem aí é uma questão de conceitos e valores.
      Quem acha que só o dinheiro é importante na vida vai ter sempre essa opinião.
      Quem já aprendeu quais são os reais valores na vida usará outros parâmetros para medir competência e eficiência.

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    2. Sei que a gente não vai mudar a opinião um do outro. Nem quero isso, tu sabes.

      Mas de novo tu vai usar o exemplo dos nórdicos, que tem grana pra cacete (e da onde vem essa grana???). Eles são ricos e podem fazer esse estado paizão. Só que se fosse tão bom, não ia ter tantos deles tentando vencer aqui no Tio Sam, como eu conheço. Nenhum deles quer voltar, por que será?

      Queria que tu tivesse aqui, iríamos tomar uma cerveja com o meu amigo Anders, sueco, e ele ia te contar umas historinhas da terra dele.

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    3. Manda enfiar no fiofó TODOS OS CONTRATOS COM O GOVERNO que eu quero ver a iniciativa privada que é mais eficiente...

      -x-x-x-x-

      Só falta vocês agora quererem me provar que a O(brigado)A(migo)S(ogro) chegou onde chegou porque os bonitões lá nasceram com QI de 540!..

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    4. Vinnie, deixa eu adivinhar.
      Se teu amigo Anders fosse brasileiro, ele seria contra o Bolsa-Família, ProUni, Ensino Público e Gratuito, Reforma Agrária, Mais Médicos e SUS rsrsrs

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    5. Esse QI de 540 ele tinha antes de começar a comer a filha do finado ACM...rs
      Tira o dinheiro dos anunciantes públicos e a Globo quebra em seis meses, como quebrou na Itália e em Portugal (onde não tinha a pica do governo pra mamar).
      Quebra o monopólio do Antonio Hermírio e vamos ver quanto tempo ele aguenta...
      Tira as obras públicas da Mendes Júnior, da Andrade Gutierrez e vamos ver se elas aguentam...

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    6. Mas seria, certamente, a favor do Ciência sem Fronteiras, Martini...

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  11. Não sei, mas eu não posso achar justo gente se aposentando aos 47 anos de idade, mulher e filha ganhando benefício integral e vitalício sem levantar um dedo quando eu preciso me qualificar muito mais e trabalhar pesado pra ganhar o mesmo, sem proteção e sem estabilidade, tendo sempre de estar um passo a frente da próxima ruptura tecnológica, e sabendo que vou até os 70 (no mínimo) e ainda terei de bancar um plano de aposentadoria privado.

    Eu compro essa briga em casa, com pai e tios servidores, vô militar, entre outros. Quando vi que meu destino seria igual, tive de mudar de país.

    Pra mim, o principal motivo do atraso do Brasil é a pouca contrapartida da máquina pública pelo que ela custa. Só que é difícil dizer isso no geral sem cometer injustiça com um ou outro qualificado (como deve ser o teu caso e o do Guto).

    Não tenho nada contra os bolsas. Já falamos sobre isso antes. Mas que o setor público brasileiro podia se mais enxuto e eficiente, podia. A presença dos tubarões privados por si só não explica a bagunça que é o Brasil.

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    1. Quanto a isso, não discutimos. Há coisas erradas, sim. Problema é que há coisas erradas no setor público E NO SETOR PRIVADO.
      Quando uma empreiteira, por exemplo, superfatura uma obra qualquer, quantos benefícios integrais e vitalícios ela está levando ali, DO NOSSO DINHEIRO? Porque, convenhamos, não podemos ser anjos: Não dá para pensar que a empreiteira superfatura e não leva coisa alguma no superfaturamento. Que vai tudo para o contratante, que desvia a diferença. Essa diferença É RACHADA! Pode até não ser no fifty-fifty, mas É RACHADA!
      Em UM desses superfaturamentos, está resolvido o problema de, no mínimo, CENTENAS de benefícios integrais e vitalícios, que são absurdos, sim, mas tão absurdos quando o roubo descarado levado adiante com a conivência do setor privado.
      O principal motivo do atraso do Brasil, não te engana, Vinícius, é a TOTAL FALTA DE VERGONHA NA CARA DA SOCIEDADE como um todo, aí incluídos setores público E PRIVADO!
      E a prova disso é a eterna discussão em que uns apontam os impostos como uma grande mazela e outros apontam a sonegação. Enquanto não sentarmos na mesa para discutir impostos E sonegação, estaremos longe da solução do problema.

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