15 fevereiro 2014

E voltamos para a nossa única realidade, o Gauchão

Já escrevi reiteradas vezes que o grande problema que eu vejo no Grêmio é de gerenciamento de prioridades e de administração da realidade. Não sou economista, administrador, engenheiro ou psicólogo. Apenas e tão somente jornalista - e posso dizer que sou dos "bons", porque sou de um tempo no qual para a gente ter lugar no mercado de verdade e não ser repórter esportivo deveria ter alguma capacidade ou qualidade adicional.
Se a direção anuncia que vai jogar o Ruralito com o sub-qualquer coisa por conta da Libertadores ser a opção prioritária do Clube, tenho certeza que a torcida, que é louca por Libertadores e quer colocar a 3ª no armário parta ter, de novo, o diferencial de títulos em relação ao co-irmão.
Daí começa um vai-e-vem de desinformação, de amadorismo, de medo e de improvisação. Parecendo o courinho aquele que a gente desde piá esfola. Um dia é grupo X, depois é Y e o planejamento vai indo pras cucuias, ao sabor da falta de responsabilidade dos dirigentes.
Com que time jogar no domingo?
Não interessa "qual time", importa que seja o Grêmio - sem desculpas, sem subterfúgios. Ancorado em algo chamado "planejamento". Mas planejamento implica responsabilidade, seriedade, capacidade e zelo com aquilo que se administra. Coisas que não existem em termos de Grêmio nos últimos anos.

Sobre a Libertadores

Li nos comentários pós-jogo com o Nacional, no Parque Central em Montevidéu, que o time se ajustou. Com todo respeito a "los orientales", mas o time do Nacional é uma bosta - basta lembrar que perdeu a Copa Uruguaia 2013/2014 na última rodada, quando seria campeão com um empate e levou uma virada do Fênix no Parque Central por 2 a 1 - com o Recoba perdendo um penalti, defendido pelo goleiro panamenho Mejia.
Claro que vibrei com a vitória contra o Nacional, mas não entro nessa euforia infantil de obliterar a realidade para não dizer que o empate passou por um milagre do Marcelo Grohe (ah, quanta saudade do Dida e seus longos braços, que era um goleiro "do mesmo nível que o Grohe em 2013, mas que deveria continuar jogando porque os braços - só ois braços? - eram mais longos); por uma intervenção fundamental do Gago tirando uma bola em cima da linha (fosse o Rockembach e teria tirado com a mão), e na sequência do lance o penalti claro, cristalino e patético cometido pelo Barcos - que o juizinho amarelou e marcou fora da área.
O torcedor gosta de se iludir.
O time do Grêmio ganhou - palmas, parabéns. Brindemos.
Mas a nossa realidade é bem mais cruel.
Hoje temos um goleiro que transmite tranquilidade, que tem identificação com o clube e que é respeitado e idolatrado pela torcida. Observei na transmissão do Grenal que em toda e qualquer defesa ou intervenção do Grohe, havia palmas.
Nosso sistema defensivo que clamava por uma mudança - saída do Pará-lítico da lateral, agora volta a precisar de duas mudanças, porque por injunções carnais, o famigerado que fica roendo as unhas feito menina indo estrear no puteiro resolveu retirar das catacumbas que lhe dava carinho, conforto e consolo nos tempos da "base" nas Alterosas. Literalmente deixando como uma rosa.
O meio de campo, na minha opinião, perdeu com a saída do Souza - que fazia melhor do que o Edinho a função de cão de guarda da zaga. Comparar a saída de bola dos dois só pode ser visto como uma piada.
Com a volta do Encosto, o Grêmio continua insistindo com a manutenção em campo de uma figura que,d entro da dinâmica do futebol atual, só tem pernas para jogar 10/12 minutos - depois desse tempo, o Grêmio acaba jogando com 10.
O ataque, por conta da lesão do Kléber e da tardia percepção de que o Paulinho mesmo comendo alguém não tem condições de fazer parte do grupo, tem sido montado com o Luan e o Barcos - mas o Barcos, de quem eu não gosto, tem sido sacrificado, porque ele se vê obrigado a voltar, a armar a jogada para suprir a ausência de um em campo por conta da omissão do Encosto da função que deveria exercer e executar.
É preciso fixar o Barcos no ataque e defenestrar essa nulidade ambulante que é o Encosto, para que o time trate de se engrenar a partir da presença do Maxi (o padrão é a dinâmica do jogo contra o Aimoré, não pelo resultado, mas pela perspectiva que aquele jogo ensejou).
Manter e insistir com o Encosto é abdicar da ambição de ganhar - porque como alguém escreu com absoluta correção, no jogo contra o Nacional, depois da brilhante jogada do Ramiro, não é o Riveros se antecipar e o Encosto com certeza teria feito merda coma  bola - como tem feito merda em cima de merda no time do Grêmio.





5 comentários:

  1. Sem grandes reparos meu caro Alfredo. Só acho que Edinho é mais combativo que o Souza, logicamente que não se comparam as qualidades do passe, mas Souza já vinha caindo de produção desde o ano passado, e depois do que ele falou na apresentação no SPFW eu perdi todo o respeito.

    x-x-x

    Quanto ao ZEROHORAberto, parece que o torcedor começou a cair na realidade ou perdeu a paixão cega, surda e BURRA pelo negrote. Ontem a minha namorada mostra uma postagem da página do Grêmio no Facebook pedindo a saída de ZERO por um Grêmio com um armador de verdade. Lembrando que ouveram apupos para ele no Grenal por um passe errado e quando foi substituído ouve vaias, embora os repórteres daquele famigerado grupo de comunicação gaúcho tenham dito que as vais eram para o treinador pela substituição.

    x-x-x

    Quanto ao time para amanhã, eu iria com um time misto para testar algumas situações, principalmente a minha tese e de mais alguns que Ramiro deveria jogar na direita. A minha escalação seria:

    Marcelo
    Ramiro
    Saimon
    Geromel
    Wendel
    Edinho
    Riveros
    Alan Ruiz
    Maxi
    Luan
    Barcos

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  2. O time de amanhã:

    Busatto, Moisés, Werley, Bressan, Wendell, Ramiro, Riveros, Alán Ruiz, Jean Deretti, Maxi Rodríguez e Luan.

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    1. Na minha opinião, uma boa escalação. Espero ver muita movimentação com troca de posições do meio pra frente. Só não intendo o não aproveitamento do Geromel.

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    2. No correio do povo tá outro time, com o Everaldo.

      Busatto, Moisés, Werley, Bressan e Wendell; Ramiro, Riveros, Alan Ruiz e Maxi Rodriguez; Luan e Everaldo

      Acho que esse time melhor, pois mantém o time com um centroavante de área (apesar de o Everaldo ainda ter que provar muita coisa)...

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    3. Concordo Guilherme, acho este time mais efetivo.

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