Depois da rateada de 2012, Grêmio volta para a Copa do Brasil contra o Santos

Quatro vezes vencedor da Copa do Brasil - 1989, 1994, 1997 e 2001 - três vezes vice - 1991, 1993 e 1995 - o Grêmio volta a campo nessa quarta-feira, 21, para, a partir das 19h30, tentar quebrar uma seca de títulos nacionais que já tem 12 anos.
Se em 2012 o Grêmio de Odone-Pelaipe e WL caiu diante do Palmeiras do Felipão e do Barcos, a expectativa para esse ano mudou de ares com o encaixe de um Grêmio formatado no 3-5/6-2/1 dentro das limitações técnicas dos seus jogadores. Em lugar do meio em losango, Renato opta por um esquema com três volantes - onde os três não são brucutus que quebram a bola, mas sim jogadores que possuem na soma de suas virtudes - desarme, saída de bola/bom passe, e conclusão - os diferenciais que não deixam o time com cara de "só defensivo".
Ao contrário do que Renato tentou dizer, o resultado tende a ser mais "possível" se o time atuar dentro de um esquema onde todos tenham uma noção da mecânica de jogo que esse esquema impõe. E isso passa pela repetição sistemática de um esquema.
É claro que é bom vencer três seguidas, ainda mais que no inevitável comparativo, o outro time do Estado esteja empilhando empates. Mas as três vitórias não têm o poder de mudar a realidade - o time ainda precisa de ajustes e substituições e há problemas técnicos que demandam atenção.

Os problemas

No meu modo de entender, a saída de alguns membros da turma de bruxos de WL (e também do Pelaipe, Odone, Rui Costa e Koff) ajudou a melhor o Grêmio - que hoje corre mais, porque é evidente que os pulmões de Zé e do Elano não suportam o ritmo que o futebol mundial demanda. A entrada e manutenção de Kléber - cada vez mais fino - também ajudou a mudar o comportamento do Grêmio. Porque ele não aceita a derrota e é, ao menos olhando de fora, aquele que dentro do campo fala, pede, mostra a jogada.
Continuo achando um disparate, um absurdo, um acinte e uma basófia a manutenção do Dida no gol. É ex-jogador. É decadente. Não tem mais reflexos. Os dois gols contra o Vasco foram falhas dele - o primeiro a bola foi na lata dele, era só levantar as mãos (mas, volto a dizer: com o tempo, as pessoas perdem os reflexos). O segundo é obra prima da revelação da senilidade: ele deve ter pensado: ué.. que coisa redonda e colorida que está passando na minha frente? Ele já tinha "mostrado" a demora da reação em um lance de cabeça do André, no qual a bola saiu pela linha de fundo à direita do seu gol (visto da posição dele, Dida). Só depois de uma eternidade ele esboçou reação.
O segundo problema é o Pará - que corre feito um desgraçado, se entrega com uma paixão dos suicidas... mas é ruim como chupar limão entre uma fatia e outra de pudim. Chega a dar pena a ruindade do Pará - e nada indica que vá se tornar ao menos suportável vê-lo em campo...
O terceiro problema, na minha visão, é a manutenção de Werley - que oscila e sempre se revela generoso em falhar de modo bisonho (e o 2º gol do Vasco revelou isso). Não foi a primeira vez que a demora do Werley em ler a jogada causou estragos para o Grêmio.

Alternativas

A manutenção do 3-5-2 para o jogo contra o Santos é fundamental - e eu gostaria de ver o Grêmio começando com Ramiro, Riveros e Guilherme Biteco no meio de campo, porque definitivamente o Souza está sem condições.