19 agosto 2013

Nova visão das categorias de base pode resultar em lucros futuros para o Grêmio

Pois bem, algo que revindicamos quase que diariamente, a utilização mais profissional das categorias de base do Grêmio, parece que também virou um projeto de mudança visionária do Grêmio.
Nos últimos dias li em alguns veículos de comunicação tanto do RS como do centro do país alguns programas de investimento nas categorias de base que poderão render grandes frutos ao Grêmio em um espaço de tempo não tão longo.

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Grêmio implanta programa para aperfeiçoar fundamentos, corrigir vícios e revelar talentos da base

Uma equipe de cinco profissionais orienta cada ação dos jovens de 12 a 20 anos

A simplicidade do futebol aos olhos de quem vê é inversamente proporcional à complexidade de movimentos de quem executa.
Em um chute a gol existe uma carga de decisões a serem tomadas que exigem mais do que talento. Onde bater? Em que canto colocar? Como se equilibrar? Como surpreender?
Para corrigir os vícios dos jogadores da base e estimular as virtudes individuais, o Grêmio implantou, no final do primeiro semestre, o projeto Lapidar. A cada treinamento, além dos exercícios físicos, táticos e coletivos, são feitos trabalhos de situações específicas de jogo.
Uma equipe de cinco profissionais orienta cada ação e suas infinitas possibilidades: chute rasteiro, em curva, sem pulo, cabeceio, domínio de bola, etc. Ao mesmo tempo, os trabalhos são gravados em fotos e vídeos para serem analisados no Centro de Dados Digitais. Os resultados são apresentados aos atletas.
– Temos o cuidado de deixar o jogador desabrochar e não podá-lo. Muitos chegam com uma condição motora ruim e o sistema escolar é pífio. Então, temos de resgatar o prazer de jogar futebol e preservar o que cada um tem de melhor – explica o treinador de fundamentos Wagner Gonçalves.
Dos 12 aos 20 anos, existem oito categorias. Nas três primeiras, as correções são voltadas aos gestos técnicos: posição do corpo no chute, tempo de bola, equilíbrio, entre outras ações. A partir dos 15 anos, os jovens são preparados para assimilar informações táticas, de posicionamento, voltadas à função em campo de cada jogador.
– Em dois meses de projeto, nossa média de gols mais que dobrou – relata o coordenador geral do Departamento de Formação, Júnior Chávare.
A ideia é estabelecer diretrizes e criar um estatuto para ser replicado ao longo dos anos, e não mais perdido a cada troca de gestão.

Iniciativa é inspirada em modelos europeus

O projeto Lapidar segue modelos aplicados em clubes como Juventus, da Itália, e os espanhóis Real Madrid e Barcelona. Os conceitos, porém, são inspirados pelos ensinamentos da Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, da Universidade do Porto, de Portugal. De lá saiu José Mourinho, atual treinador do Chelsea.
A metodologia defendida é a da repetição inteligente. Por meio da reprodução de cada ação, é possível estabelecer padrões ao time. Assim, se cada jogador sabe onde se posicionar, como dominar a bola e para quem passar, facilita a organização da equipe.

O que é trabalhado em cada categoria

Sub-12, 13 e 14: correção de vícios de movimento e estímulo à parte técnica
Sub-15, 16, 17, 19 e 20: definição de posição e introdução a aspectos táticos


25 comentários:

  1. A ideia, na teoria, é boa. Agora é ver com ela será colocada em prática. Esperamos que seja algo definitivo, supra gestão ou movimento, que permaneça por muitos anos, pois só assim teremos resultado efetivo. De nada adianta fazer um trabalho de base muito bom por 1 ou 2 anos, se depois tudo for alterado.

    De qualquer forma é válida e fundamental a iniciativa da direção e do departamento de futebol do clube. Algumas promessas de campanha, que demandam tempo, vão sendo, pouco a pouco, colocadas em prática dentro do clube. Na cobrança é preciso saber que algumas reformas mais profundas não podem ser implementadas da noite pro dia.

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    1. Guilherme, justamente para impedir que os projetos acabem ou sejam deixados de lado quando da troca de grupo político, se estuda incluir alguma cláusula estatutária para que siga com a política de investimento na categoria de formação.

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  2. Eu já em outras oportunidades defendia que isso deveria ser feito, só que a minha idéia era contratar tipo por exempo: Danrlei, Mauro Galvão, Arce, Dinho, Carlos Miguel e Jardel. Cada um treinava jogadores na sua posição. Jogadores que se destacavam na sua posição, honraram a camisa. Mas, tendo profissionais capacitados, o trabalho com toda certeza, deve ser bem feito. Agora, pelo que eu vi, esse Junior Chavare entende do riscado, pois ele quem esta comandando tudo isso, inclusive a parte de captação dos jogadores junto aos outros clubes.

    Outro fato a se destacar, como o trabalho esta sendo bem feito, é a campanha na taça BH, onde o Grêmio abdicou de jogar com jogadores sub-20, e mandou o sub-17 e até hoje ao meio dia, tinha 2 vitórias em 2 jogos, hoje tinha jogo novamente, e não sei quanto terminou.

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    1. Pelo que vi, 4 a 0 para nosotros...

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    2. Próximo jogo - Grêmio x Ricanato.
      No dia 21, às 20h30 em Pará de Minas

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  3. Já dizia o mercenário Silvio Santos: EU SÓ ACREDITOOOOOOOOOO???

    E respondiam as alienadas pessoas da platéia:

    VENDOOOOOO!!


    É por aí que eu me encontro.

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  4. Além deste programa que visa melhorar o desempenho do jovem, buscando corrigir falhar e vícios para que o atleta chegue ao profissional em seu melhor desempenho, há também o programa Transição, que tem por objetivo adaptar os jogadores da base ao grupo profissional. Os guris treinam semanalmente com o grupo profissional, para irem se adaptando a rotina. Além disso, houve uma mudança na nomenclatura, deixando de ser "categorias de base" passando a ser denominada como "categoria de formação", cuja prioridade é formar jogadores para o grupo profissional, deixando de lado conquistas de títulos nas categorias "sub qualquer coisa" (como diz o Alfredo).
    Vendo tudo isso, é de se concluir que esta havendo uma mudança drástica de paradigma nas categorias de base, tanto que há possibilidades de ser incluído alguma cláusula estatutária para que o projeto seja mantida mesmo nas mudanças de presidência.

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    1. Rafael, mas como funcionária esta cláusula? Tem alguma informação mais precisa a respeito?

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    2. Ainda não Guilherme, as informações que tenho são as que saíram na imprensa, estou tentando ver se consigo algo mais concreto para publicar aqui.

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  5. Uai, descobriram a roda?
    Se não era assim até hoje, para que tinham categorias de base?
    Se não for para lapidar?

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    1. Alfredo, não me faças rir meu amigo, até as categorias de base da Carmen's Club são mais profissionais e dão maiores resultados do que as categorias de base do Grêmio...

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    2. No Carmen's Club o projeto chama-se DIlapidar.

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  6. Post muito oportuno, Rafael!
    Ontem tinha lido sobre isso e faltou oportunidade de comentar.
    Junto com essa política e esse Projeto Lapidar [esse é Projeto mesmo, não pôjéto], também foi pouco comentada a iniciativa de trazer jovens "correntinos" [homenagem ao Alfredo... rsrsrs], não apenas aqueles 4 que foram divulgados há mais tempo.

    Acho que, em relação a esse último aspecto, o futebol brasileiro caminha inexoravelmente para uma "internacionalização" latino americana. A barreira dos 3 estrangeiros vai cair, e aqui será uma mini-Europa, onde jogadores de todos os vizinhos jogarão.

    Agora, também oportuna a iniciativa de colocar algo no Estatuto, porque nos clubes, assim como na política [diria politicagem] nacional, a descontinuidade administrativa não é incomum.

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    1. Martini, esqueci de citar isto eu meu comentário também, hoje mais uma equipe de profissionais desbrava o mercado mundial atrás de jovens revelações que possam ser aproveitadas na base Gremista. São inúmeros profissionais espalhados pelo mundo todo que buscam informações e repassam as mesmas para outra equipe em Porto Alegre que é responsável por dar o parecer final.

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    2. Mais que correntinos, portenhos...

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  7. Pablo,
    mais de um, certamente inclusive tu, já assinalou por aqui que se deveria adotar técnicas usadas nos EUA, onde há treinadores de fundamentos.

    Eu algumas vezes falei em chamar o Ancheta [junto com o Airton, a melhor dupla que já vi jogar na nossa área] para passar alguma experiência para os zagueiros.
    E outros nomes foram aventados.

    Vamos combinar de insistir nessa tese por aqui?
    Porque, sem humildade, coisas cantadas aqui de repente andam se materializando no mundo real...

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    1. Isso é porque aqui só tem doido e cego, vocês mais que eu claro. Oh Guto quando tu vai atualizar a planilha? Abraço ai Martini.

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    2. Olha Martini, eu sou favorável em ter um Ancheta, um Arce, e um Mazaropi para treinar zaga, lateral e gol, respectivamente. Amigo, o que estes três tem de experiência e talento para repassar para esta gurizada não esta no gibi.

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    3. O inominável, quando de sua passagem pelo Atlético-MG, acreditem, tentou implantar algo semelhante - porque ele entendia que além do treinador de goleiros, seria conveniente ter alguém para treinar os zagueiros, outro para os meio-campistas e um terceiro para os atacantes.
      Era uma ideia interessante, mas que desgraçadamente não deu certo porque a qualificação dos indicados não era l´[a a melhor possível e ele estava tentando era encostar amigos dele...

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    4. Esse é o risco Alfredo, de se criar um projeto assim mas ele acabar virando um cabide de emprego para familiares, amigos, protegidos dentre outros...

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  8. Nem sabia que era em escala mundial, Rafael, pensei que fosse apenas aqui nas Latinas...

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    1. Não Martini, há agentes espalhados pelo mundo todo, inclusive teve um jogador que esteve por aqui dias atrás, se não me engano era africano, não tenho certeza...

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    2. Só de ler a palavra "agentes" já me dá um frio no espinhaço.
      Agentes me lembra WL e a CIA...
      Parece coisa de mafioso...
      Diria "olheiros", que é um nome mais simpático e menos repugnante.

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  9. Luiz, a ressalva que eu faço sobre trazer figuras importantes da história do Grêmio é aquela que se faz em qualquer administração: você promove um ótimo vendedor a gerente e tem dois prejuízos, perde um vendedor e fica com um péssimo gerente.
    Porque o cara era bom no campo, não quer dizer que seja bom em treinar os garotos (também não quer dizer que seja ruim, que fique claro). Tanto é assim que os melhores técnicos, geralmente, eram uns pernas de pau.

    Sou favorável e apoio que o Grêmio traga essas figuras importantes para o convívio do clube, mas com critério, não no carteiraço.

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