16 agosto 2013

O Grêmio e o processo de continuada RAPINAGEM e OPORTUNISMO

Quando WL, o inominável, ainda era treinador do Grêmio, muito se discutiu sobre a conveniência: se alguém com vários processos é meu amigo, subitamente deixa de ser "bandido" apenas por ser meu amigo - ainda que tenha condenações judiciais. Eu, inclusive, sempre destacava perguntando: alguém deixaria um SUSPEITO de pedofilia levar seus filhos para a escola ou um SUSPEITO de estupro levar a madame ou a namorada para o shopping?
Esta questão volta à tona agora com a eleição para renovação do Conselho Deliberativo do Grêmio...
Já escrevi aqui e vou repetir: Danrlei, que foi um grande ídolo do MEU Grêmio, tem todo o direito de querer usar o Grêmio como plataforma e trampolin político permanente.
Mas é preciso ao menos um pouco de coerência, porque muitos que hoje defendem que o paraquedista Danrlei dite as cartas nas eleições, em 2012 atacavam Odone exatamente por ele ser político. E não me venham dizer que um é ético e o outro não, porque a coisa é bem mais complexa.
Tenham certeza que essa discussão não começou aqui, mas outra vez um ponto levantado pelos cegos do blogue começa a causar inquietação.
Muitos podem não gostar do Hiltor Mombach - eu entre eles, principalmente pela falta de senso crítico em relação ao seu indisfarçado clubismo (eu defendo que todo cronista assuma para quem torce, é muito mais honesto. João Saldanha, sempre foi gremista e botafoguense e nunca deixoud e ser respeitado por torcedor de nenhum clube por conta de suas paixões clubísticas; Nelson Rodrigues era do Flu, e respeitado por todos; Juca é corintiano e muitos o leem e assim por diante. Só a imprensa provinciana quer alegar uma neutralidade clubística que salta aos olhos. Ou alguém deixa de ler o Ruy por ele ser colorado e as suas opiniões têm menos valor por conta de sua vinculação clubística emocional? Claro que há casos e casos: Santana nunca foi cronista, nem o Kenny - são apenas entes bizarros que atuam na imprensa por injunções e conveniências).
Pois bem...
Quando eu disse que era uma picaretagem a súbita mudança de paradigmas, de visão de mundo e de compreensão da realidade que alguns faziam, aceitando um político profissional nas eleições de agora quando em 2012 bateram no Odone por conta dessa sua condição PROFISSIONAL, saltaram com facão e rebenque pra cima de mim.
Pois bem...
Hoje, o Hiltor publicou um comentário sobre isso:

O JOGO POLÍTICO

O deputado federal Danrlei está na sua em querer entrar na política do Grêmio feito paraquedista.
O futebol abre portas para ascender.
Também estão na sua os que aceitam o deputado federal dando as cartas na montagem de uma chapa.
Faz parte do jogo político, de um jogo onde não há coerência, constrangimento e onde amizades antigas vão parar na lata do lixo num estalar de dedo.
Cada um dorme com a sua consciência.
Pelo menos os que têm consciência.
Ouço que nomes históricos estão sendo relegados ou ficando bem atrás da fila. Como se sabe vem aí a renovação de 50% do Conselho Deliberativo do Grêmio.
Vale mais o carisma de Danrlei junto ao sócio, os votos que ele pode conquistar.
Quem atacava Odone por ser político agora filia-se a um político, permitindo que dê as cartas.
Em tempo: quem foi o autor da ideia de limitar a participação de políticos na vida do Grêmio para vetar Odone presidente?

5 comentários:

  1. Pois é. Eu acho justa a vontade e nunca tive nada contra político trabalhando no clube. Por conta de ser contrário a isso, deveríamos também ser contrários a advogados, médicos, engenheiros, jornalistas ou qualquer outra classe trabalhando.
    Mas, quando o clube passa a ser mero trampolim para formação de "curral eleitoral", passa a criar um impedimento que o sujeito, por conta do amor que diz ter pelo clube, devia levar em consideração.
    Eu sei que vai aparecer quem defenda, com convicção, que o desejo é legítimo e nada tem a ver com garantir votos nas próximas eleições, mas lembro que foi assim que começou com o Inominável.
    E foi justamente pela atuação desse pilantra que passei a defender, como regra, que político não deve participar da vida do clube, senão como torcedor "ilustre". Para evitar que hajam novas degenerações.

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  2. Acho que é válida também a reprodução da entrevista do Danrlei ao Rech (ouvi parte dela e não sei se há algo escrito disponível), se não me engano, onde disse que caso venha a se candidatar, futuramente, ao cargo de presidente do clube, já estará aposentado da vida política como deputado. Não pretende conciliar as duas funções.

    Eu, particularmente, acho incompatível o presidente de um clube ser, ao mesmo tempo, vereador, deputado estadual, federal, ou qualquer cargo deste porte. No entanto, não sou contra algum deputado ser conselheiro. Para mim são atividades completamente compatíveis, desde que este não use o Grêmio para se promover. O mesmo vale para qualquer empresário, advogado, engenheiro, economista ou jornalista que seja conselheiro...

    Lembrando que o Danrlei NÃO é candidato ao Conselho, até porque está inelegível (não é sócio há 5 anos).

    Temos que diferenciar as coisas. A crítica ao Odone Presidente E Deputado era porque o mesmo acumulava duas funções, a meu ver, incompatíveis, devido à responsabilidade de ambas. Além do mais, o Odone não soube separar as coisas e usava o clube para se promover.

    Acredito que o Danrlei, como deputado federal, não precisa do 'jogo político' do Grêmio para se (re)eleger futuramente... Aliás, se envolver com a política do clube pode, justamente, arranhar a sua imagem, caso faça uso indevido.

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  3. A propósito, o Mombach é muito próximo a um outro grupo político dentro do clube (que frequentemente usam o espaço dele para reproduzir a opinião do grupo). É preciso filtrar muito do que escreve sobre a política no clube..

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  4. Alfredo botou o dedo na ferida. É hipocrisia mesmo.

    No fundo, querem um fantoche. O problema maior do Danrlei, a meu ver, até não é o interesse político de usar o clube (embora não duvide), e sim a falta de conteúdo pra assumir esse cargo.

    Desconfio que nesse jogo ele não dê as cartas, só receba.



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  5. Hoje era a data limite para a inscrição. Resumo da ópera:

    - SETE chapas inscritas;
    - Como a cláusula de barreira é de 20%, corre-se o risco de nenhuma atingir o mínimo (algo pouco provável);
    - Ou corre-se o risco de apenas uma atingir, ocupando assim 100% das vagas (50% do CD).

    Acho que uma discussão é que se impõe é a real necessidade da cláusula de barreira, ou se ela não deveria ser menor.

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