31 agosto 2013

Por trás dos números e acima dos desejos

Chegando ao final do turno, ao Grêmio ainda faltam três jogos que, equivocadamente, andam sendo chamados de "barbada". Nos últimos anos fui consolidando a convicção de que barbada para o Grêmio é ganhar de Cruzeiro, Vasco, Fluminense, Flamengo e outros. Temos perdido campeonatos contra adversários da parte inferior da tabela - perdendo para Figueirense, para Portuguesa em anos anteriores e comprometendo 2013 com empates para São Paulo e derrotas para Criciúma e Coritiba.
O jogo de hoje é desses "delicados"m, ainda que os sites de prognósticos apontem até 93% de probabilidades para uma vitória do Grêmio (aqui no blog esse percentual chega, até o momento, a 100% de certeza).
Mas se olharmos o desempenho ao longo dos anos, veremos que a coisa não é assim tão "resolvida". Na história dos "Nacionais", foram 26 jogos, com 10 vitórias do Grêmio, 8 empates e 8 derrotas. Há um equilíbrio que revela a dificuldade histórica do Grêmio contra times pequenos. Sempre houve essa dificuldade em equacionar de modo satisfatório os embates "con los de abajo".
Se a tabela do Brasileirão 2013 é "generosa" na fase final - cabe lembrar que podemos quem sabe comemorar o título contra a Portuguesa, a exemplo do que aconteceu em 1996 *mas, dessa vez, a última partida será em SP) - as facilidades devem servir de alerta.
Dos pontos injustificáveis que deixamos pelo caminho e que sempre fazem falta no final, lembro do empate com o São Paulo em casa e as derrotas para Criciúma (fora) e Coritiba (casa). Tem ainda o empate com o Santos na Vila, logo na semana da saída do Neymar...
Voltamos a nos embaraçar com times que estão na rabeira da tabela, numa situação que traz, claro, o fantasma de 2008 - quando empatamos em casa com o Mengo,  com o Sport fora, perdemos para o Goiás em casa (depois de termos vencido no Serra Dourada), levamos 2 a 0 da Portuguesa, no Canindé, sapecamos 7 a 1 no Figueira no Orlando Scarpelli e depois empatamos em casa e a pá de cal foi aquele sonoro 4 a 2 contra o Vitória - lembro desse jogo, no qual o Grêmio saiu ganhando de 1 a 0 no 1º tempo e poderia ter resolvido nos 45 minutos iniciais o confronto tantas foram as oportunidades desperdiçadas.
O time do Grêmio tem esse condão de não encontrar soluções contra time fechados - e isso vale para qualquer esquema, para qualquer treinador.
Por isso que considero o jogo contra a Ponte de risco - ainda que considere "plausível" uma goleada.
Se o Grêmio encontrar soluções no começo do jogo, fazendo um gol no começo do jogo e não recuar para tentar uma contra-ataque que funciona apenas espasmodicamente (porque o nosso meio é de contenção, sendo que o único que pode acelerar a bola é o Maxi - porque Biteco e Zé Roberto são de condução de bola), pode encaminhar um resultado tranquilo - até porque Rildo, o jogador que considero mais letal da Ponte, continua se recuperando de lesão.

6 comentários:

  1. Alfredo, eu iria até fazer um post sobre isso, mas vou comentar no teu porque a relação é mais ou menos parecida.
    Estou vendo na imprensa esportiva gaúcha uma euforia incomum para com o time do Grêmio. Jornalistas compõem ode ao esquema de Renato, o 3-5-2 definitivamente virou o melhor esquema futebolístico da Era Contemporânea, Renato já é um grande treinador, o Grêmio possui variações táticas aos momentos, e blá blá blá blá. Toda essa euforia será jogado as traças em caso de derrota hoje por exemplo.
    E ai eu me pergunto: até que ponto todo esse oba-oba em cima do time que meteu quatro vitórias em sequência, três delas fora de casa e contra times de ponta, poderá ser prejudicial ao time? Eu, por exemplo crivei dois a zero hoje, mas o time pode entrar na onda na imprensa e entrar à campo de salto alto, e ai já se viu. O Grêmio já poderia estar em muito melhor situação, se não tivéssemos desperdiçado quatro pontos contra Santos e São Paulo, três pontos contra o Coritiba NA ARENA, três pontos contra o Criciúma. Ou seja, são DEZ pontos que já nos faria estar com folga na liderança. Vamos com calma hoje, o time precisa ter ciência e a torcida também, que campeonato de pontos corridos é uma decisão por jogo, independente se o adversário e o lanterna Náutico Capibaribe ou se o atual campeão mundial corinthians.

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  2. Acho que nesses 3 jogos, um empate com o Goias não poderia ser considerado um mal negócio. Estão numa grande fase, e o Walter, agora além de fazer gols, ta numa onda de garçom de dar inveja a qualquer armador. Quanto ao Maxi, acho que ele não deve ser relacionado hoje, pois com a possível volta do Vargas, um estrangeiro deve sobrar.

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    1. Pablo, o Maxi será relacionado, o Riveros esta a serviço da seleção paraguaia.

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    2. O Riveros joga hoje.
      Estará fora dos jogos contra Goiás, Portuguesa e, salvo engano, Náutico.
      Ou não?

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    3. Também intendi a mesma coisa que o Alfredo. Até por que a imprensa não destacou quem poderia ser o possível substituto, se o mesmo não estivesse a disposição, e os convocados para a seleção brasileira, sei que se apresentam na segunda. Sobre o Maxi, me parece que o Renato pensa em usar ele a mais longo prazo, pois digamos que ele tem a ideia n cabeça do que fazer com a bola, o que falta é amadurecer a cabeça. Me parece que ele e o zé são extremos diferentes, o que falta em um, o outo tem em excesso.

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    4. Bah, achei que o Riveros já não atuaria hoje. Tinha razão vocês.

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