Qual esquema o pardal "usará" contra o Cruzeiro?

Ainda "terminando" a recuperação de uma pequena infecção estomacal, tive tempo para olhar, pelo VT, Grêmio e Coritiba e Bahia e Grêmio - seguramente duas das piores exibições que o Grêmio fez nos últimos tempos.
A diferença, ao contrário do que o fanfarrão quis dar a entender, foi que contra o Coritiba a bola do Alex Telles pegou na trave e contra o Bahia, as duas bolas que foram na trave (em favor do Grêmio) uma virou gol pela ação kamikase do Riveros e a outra, mascada, beijou a trave e foi morrer nas redes.
Nos dois jogos, antes de o Grêmio esboçar qualquer ação, foram os adversários que tiveram oportunidade de abrir o marcador -s endo que o Coxa fez o gol e o Bahia, em falha deplorável do Werley e, em cruzamento que, pela milionésima vez, o Dida ficou estático debaixo da trave.
A percepção mais clara, ao menos para mim, é que alguém aqui no blogue cunhou a expressão definitiva - ao menos para mim. O resultado contra o Bahia foi um verdadeiro aborto. Diria até que o Grêmio fez algo sobrenatural - porque teve apenas uma chance efetiva de gol e fez três gols.
Ainda que a vitória tenha sido motivo de festa e de alegria, o pós jogo revelou que o fanfarrão faz questão de, a cada momento, reiterar sua condição de fanfarrão.
Ao negar a importância do esquema tático e da sua repetição - tanto do time (jogadores), quanto do processo de implementação de sua dinâmica - o fanfarrão mostra porque ficou dois anos sem convites para treinar clubes...
Já escrevi em comentário ao post do Guto e vou copiar e colar aqui:
Se alguém puder olhar VT de algum jogo - de qualquer jogo recente do Grêmio (com WL ou com o Fanfarrão) - há coisas básicas que não são realizadas por falta de "conjunto" e por falta de orientação:
- Cada cobrança de lateral é um parto - ninguém aparece para receber a bola, ninguém se movimenta;
- Não existe nenhuma aproximação entre os jogadores - quem está com a bola não recebe o socorro de ninguém para passar a bola. Lapidar nesse sentido foi a pixotada do Bressan contra o Coxa, quando o Cabelinho se escondeu atrás do jogador do time paranaense.
- As faltas "laterais" nas proximidades da área são jogadas letais - menos para o Grêmio. Porque o Elano "alça" a bola na área, funcionando muito mais como um recuo. Falta dar mais peso na bola...
- As cobranças de escanteios com Elano ou Zé são sempre no primeiro pau - quando zagueiros e o Barcos ficam no meio da área.
Esse problemas advém exatamente da indefinição do esquema, da falta de treinamentos sistemáticos, de jogos continuados, onde tais falhas deveriam ser corrigidas.
Já escrevi e vou repetir: um time pequeno como o Grêmio atual precisa jogar no 3-5/6-2/1 tanto em casa, quanto fora. Porque falta qualidade técnica aos jogadores e falta capacidade do fanfarrão em ajustar e treinar as peças no único sistema que serve para o Grêmio.
O 3-5-2 contra o Cruzeiro pode ser importante na tentativa de conter o Cruzeiro - que tem um bom conjunto e um treinador que, ao contrário do fanfarrão, mantém um esquema de jogo e talvez por isso a gente observe algumas coisas que são totalmente ausentes no Grêmio...

E o "time"?

Como ainda é mistério a lesão do Marcelo Grohe, o time deve continuar com o decrépito e decadente Dida no gol.
Se a opção for por três zagueiros, vamos continuar com o tresloucado e limitado Werley compondo a zaga com Rodolfo e Bressan.
Para gáudio de alguns e desespero da maioria, voltará a estultice do Pará como ala - algo que ele não consegue ser. Na esquerda, Alex Telles - lembrando que o Cruzeiro costuma jogar com atletas pelos flancos - Ricardo Goulart gosta de vir da direita para o meio.
O enigma será o meio - onde o time pode ter Adriano - Ramiro e Maxi. Sei que o cara de peixe morto do Elano é a preferência do fanfarrão, mas está na hora de dar ao Uruguaio a mesma sequência de jogos que o Elano vem tendo (mais de 60 - entre 2012 e 2013, sem ter tido desempenho satisfatório em nenhum).
O ataque, com a volta do Kléber, ganha em mobilidade (e bundadas). A incógnita fica por conta do desempenho do William José que fala espanhol.
Por falar nele, a transação com o Grêmio é considerada um dos grandes micos do ano no futebol brasileiro.