Duas vezes rebaixado; rotineiramente sugado por profissionais da rapinagem e do oportunismo; 12 anos sem um título relevante; ausente até mesmo das decisões do gauchito nos últimos anos, ainda assim o Grêmio contraria toda as lógicas e ostenta índices desafiadores:
- Tem a terceira maior média de público no Brasileirão;
- É a 6ª maior torcida no Brasil;
- Detém cerca de 65% da torcida gaúcha;
- É a maior torcida do Sul;
- É o sétimo clube mais valioso do País ( e para a formatação do cálculo, os títulos contam e valorizam muito);
- Seguidamente é eleito o clube com a mais bela camiseta do futebol mundial;
- Tem a torcida com as mulheres mais bonitas...
Mas ainda assim, e de modo sistemático, a gente observa que para muitos, o Grêmio precisa continuar sendo um prolongamento dos interesses comerciais, financeiros e empresariais de sua própria família. É como se fosse uma confraria, onde a hereditariedade conta mais do que a capacidade de compreender que o Grêmio transcendeu as fronteiras do Mampituba.
Observemos outro estado que tem a polaridade entre dois times - MG. O RS tem 10 milhões de habitantes. Minas tem 20 milhões - ainda assim, em termos estatísticos a torcida do Grêmio é maior do que a do Cruzeiro. Como explicar isso?
Quando eu vejo a forma provinciana como os Odones, os Pelaipes, os Obinos, os Guerreiros, os Koff, os Danrlei, os Cacalos e outras sub-espécies de dirigentes usam o Grêmio, fico na dúvida se é só incompetência ou se é uma estratégia claramente delineada, dentro de um projeto de deixar o Grêmio do tamanho das necessidades de seus respectivos grupos de poder (financeiro, social e/ou político).
Moro e vivo fora do RS desde 31 de maio de 1983 e ao longo desses 30 anos, sempre trabalhando em e com comunicação, consolidei a convicção de que o Grêmio é tratado por estes grupos de poder como se fosse "castrato". Ou seja: intencionalmente "proibido" de crescer.
E o fazem isso de modo deliberado para que não percam o controle do butim, de onde tiram sustento familiar e poder político, além de projeção nacional.
Qualquer um desses gostaria de ver o Grêmio crescer. Eles próprios ganhariam muito com isso, se fizessem o clube ser maior. O problema é que na sua visão limitada só conseguem enxergar seus objetivos e ficam cegos para o resto. Olha o Danrlei: eu ouvi as entrevistas dele. Ele tem um projeto sério, tem vontade, tem amor ao clube. mas na sua cegueira em botar o projeto próprio em ação esqueceu de checar quem são os que foram ao seu apoio, e que são os mesmos que quando estiveram no poder fizeram tudo ao contrário do que ele prega.
ResponderExcluirInteressante essa sua leitura, Jonas.
ExcluirO problema é que o político profissional prima pelo pragmatismo - ele faz acordo até com o capeta pelo poder.
E é isso que o Danrlei está fazendo.