O início do fim

Pois, o Grêmio começa a se despedir da final de mais um Gauchão. DA FINAL! Porque "nana neném" é explicação mágica, de Sobrenatural de Almeida que não consegue explicar porque o Grêmio é um time bipolar, capaz de jornadas barcelonísticas e avaianas NO MESMO JOGO! Hoje, e fazendo a ressalva de que eu só vi a partir dos seis minutos do segundo tempo) ESCAPOU DE PERDER!
O desempenho do Grêmio é digno de um eletrocardiograma. Vai do oito ao oitenta! E, independente de ser bom ou ruim, é de uma indolência, de uma falta de vontade, de uma falta de aspirações assustadora. É o "estilo ZEROberto": se der, deu; se não der, vamos para a próxima.
E falta jóquei! Acabou o gás da Pepsi dois litros. Renato não consegue tirar mais nada além disso. E continua trocando jogadores sem alterar a forma de jogar do time. Assim, ele tira o Pedro Rocha para colocar o Barrios, e o time continua jogando como se estivesse com o Éverton. Uma salada de frutas que ninguém entende, muito menos o time, que fica naquele toque-toque, futebolzinho tico-tico marginalburgoniano que vai do nada ao lugar nenhum. A tal ponto que aos QUARENTA DO SEGUNDO TEMPO, empatando em casa, Lincoln recebe no meio do campo e toca na intermediária DEFENSIVA para o Kannemann. E AOS CINQUENTA, ainda empatando, o Kannemann recebe e, em vez de dar um bago louco para dentro do salve-se quem puder, resolve tocar para quem está no meio. O Grêmio NÃO SABE JOGAR sem esse toque-toque infrutífero!
Eu disse, aqui, depois do jogo contra o Veranópolis (e eu sei que muito das restrições que alguns têm acerca do blog vem dessa mania de VER O ERRADO mesmo quando o jogo dá certo!), que tinha que jogar MUITO MAIS contra o Novo Hamburgo! O Grêmio NÃO CONSEGUE! Não faz DOIS JOGOS com bom desempenho!
Pode passar o carro por cima do Novo Hamburgo? Pode! Pode fazer CINCO no Novo Hamburgo! Vai fazer? Não vai! Porque é tanto tico-tico que NÃO DÁ TEMPO! E porque o Novo Hamburgo, meu nego, É MAIS TIME que o Grêmio!
E não adianta se espinhar! Porque na hora do "vamo vê", LÁ DENTRO, não adianta ter em campo UM que ganha o que ganha O TIME INTEIRO DO NOVO HAMBURGO! Precisa ter um CONJUNTO DE ONZE que seja melhor que o conjunto do adversário.
E isso o Grêmio NÃO TEM! E é EXATAMENTE POR ISSO que a tese é de que "o futebol mudou e hoje é tudo muito igual". Porque fica mais fácil explicar a própria incapacidade...